Plano De aula - deficiência visual

LINGUAGEM TEATRAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL


Objetivos 
- Desenvolver a linguagem não verbal.
- Criar e explorar um repertório de gestos com intenção comunicativa.
- Ampliar a consciência da utilização do espaço cênico.
- Estabelecer relações com os colegas de cena explorando o próprio corpo e interagindo com o do outro.

Conteúdos 
- Linguagem corporal.
- Linguagem teatral - cenário, personagem e ação dramática.

Ano 
Pré-escola.

Tempo estimado 
Quatro aulas.

Material necessário Um espaço amplo.

Flexibilização
Para que crianças com deficiência visual possam participar desta sequência, o primeiro passo é delimitar o espaço que será utilizado como palco com uma corda para que a ela saiba por onde pode atuar. Lembre-se de acrescentar uma regra básica: sempre propor a descrição da cena oralmente e a "leitura" do que assistiram - que pode ser feita pelas crianças e auxiliam o deficiente visual na compreensão da atividade coletiva. O mesmo vale para a apreciação de obras, figuras e outras imagens. Além de pedir às crianças que utilizem gestos, estimule também o uso da sonoplastia. Peça para que imitem os sons conhecidos como o latido de um cachorro ou a fala de um colega. Se as crianças precisarem apontar partes do corpo, aproxime-as do aluno cego para que ele também possa tocá-las. Vale, também, neste caso, substituir parte dos objetos imaginários que não possam ser aludidos pelo som, por objetos reais – como bater uma bola no chão, por exemplo. Avalie se a criança com deficiência conseguiu compreender a encenação dos colegas ao longo da roda de conversa. Na escolha da peça que será exibida às crianças, valorize os diálogos e sons. O ideal é que o aluno cego possa assistir, ao vivo, à encenação. Reforce as aprendizagens do aluno cego no atendimento educacional especial, no contraturno.

Desenvolvimento 1ª etapa Divida a classe em grupos e peça que cada um faça uma cena de quatro minutos usando apenas a linguagem corporal para comunicar onde estão, quem são e o que estão fazendo. Eles devem planejar o tamanho do lugar, os objetos imaginários a ser usados, o que farão com eles e como será a interação entre os participantes. Faça perguntas que levem todos a pensar em gestos que tenham um propósito comunicativo claro. Enquanto um grupo atua, os demais observam.

2ª etapa Repare como são comunicados, em cena, o onde, o quem e o quê. Os integrantes do grupo estão atentos aos objetos imaginários dos colegas? Usam-nos? Se o fazem, respeitam as características definidas pelo parceiro? Inclua novos elementos. Exemplo: fale no ouvido de um dos participantes que um objeto mudou de peso ou que o ambiente mudou ("faltou luz", "ficou frio"). Veja como lidam com a novidade. Fique atento às partes do corpo mais usadas pelos pequenos e desafie-os a seguir a cena sem mover as mãos, por exemplo. Após a apresentação de cada grupo, faça uma roda de conversa para que a plateia e quem encenou troquem percepções. Anote suas considerações.

3ª etapa
Depois que as crianças entenderam o onde, o quem e o quê, leve-as para assistir a uma peça e, caso não seja possível, veja uma apresentação em DVD. Depois, pergunte se elas conseguem identificar os três elementos. Nessa hora, sistematize o conhecimento e diga que o onde pode ser chamado de cenário, assim como o quem é o personagem e o que é a ação dramática que se desenvolve.

Avaliação
Todos devem ser avaliados como participantes e como plateia - se a capacidade de comunicação não verbal foi ampliada, como reagiram às situações e aos desafios propostos e se integraram ao próprio repertório também o que foi desenvolvido pelos colegas. Para reforçar algum ponto específico, confira as anotações que você fez e a fala das crianças nas rodas de conversa e proponha um novo jogo com adaptações específicas para o aspecto que foi insatisfatório.

Deficiência Visua l- Motricidade fina



 O educador que atua no segmento de educação de infância deve trabalhar a motricidade fina de todas as crianças, inclusive das crianças portadoras de deficiência visual, pois este é um pré-requisito para a aquisição da escrita posteriormente, isto é, por qualquer criança na alfabetização. O educador da turma que trabalha, também, com crianças portadoras de deficiência visual, deve estar capacitado para atender a essas crianças.

Numa turma regular onde estejam incluídas crianças portadoras de necessidades especiais, sejam estas deficiência visual, auditiva, motora ou qualquer outra, todas as crianças saem "a ganhar", isto é, todas irão crescer com esta integração, tanto as crianças portadoras de necessidades especiais, quanto as que não são. Todas aprenderão umas com as outras e o educador também ensinará e aprenderá muito com elas. A escola só tem a ganhar com o procedimento de inclusão destas crianças.

Para trabalhar a motricidade fina com as crianças portadoras de deficiência visual, e também com as demais crianças da turma, o educador pode lançar mão de algumas actividades como, por exemplo:
- A caixa de areia, onde a criança deverá fazer desenhos na areia com os dedos.

- Outra actividade que pode ser utilizada pelo educador e que os pequenos gostam muito é a confecção de mini-pizzas e de biscoitos em forma derosquinhas, onde a criança tem que fazer "minhocas" e depois junta as pontas.

- Outra sugestão é "brincar" de amassar e rasgar folhas de revista.

- Outra actividade que os meninos e meninas gostam é amarrar o cadarço do boneco e da boneca. Esta actividade, embora seja complexa e mais difícil para o portador de deficiência visual executar, é muito importante para o desenvolvimento da criança e também para a sua independência no que diz respeito a atar os próprios sapatos e ténis.

- Há alguns materiais que podem ser adquiridos em papelarias, como, um palhaço ou cachorro, cujo corpo é de argolas para a criança montar. Jogos de encaixe com formas geométricas, através dos quais a criança descobrirá onde deverá encaixar cada peça através do tacto.

- Podem também ser feitas "esculturas" de massa de modelar ou com massaconfeccionada com jornal molhado, deixado de molho de um dia para o outro, acrescentando farinha de trigo, misturar, amassar bem e deixar secar. Depois é só modelar as "esculturas": bonecos, bichinhos e outros.

DEFICIÊNCIA VISUAL: ARTES VISUAIS


ANÁLISE DE REFERÊNCIA

Objetivos
- Conhecer diferentes tipos de suporte de ilustração.
- Estudar trabalhos de ilustradores presentes em diferentes portadores de texto e imagem (capas de CD, livros, rótulos de produtos).

Material necessário
CD Pequeno Cidadão (Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra, Taciana Barros e Antonio Pinto, Selo Rosa Celeste, tel. 11/2183-8383, 22 reais) com encarte, livro Coisas que Eu Queria Ser (Arthur Nestrovski e Maria Eugênia, 56 págs., Ed. Cosac Naify, tel. 11/3218-1443, 40 reais) e embalagens ilustradas de produtos de uso cotidiano.

Flexibilização
Para que crianças com deficiência visual possam analisar diferentes referências de ilustração, aposte em colagens, imagens com cordões ou tintas em alto-relevo. Há, também, livros com texto e ilustrações em braile distribuídos por organizações como a Fundação Dorina Nowill. Ajude, oralmente, a fazer a relação das imagens com os textos, para facilitar a compreensão do aluno cego. Se necessário, amplie o tempo de realização da atividade.

Desenvolvimento
Apresente o material a todos e proponha um momento coletivo para a leitura das ilustrações, relacionando-as aos suportes (CD, livro e embalagens) e aos textos que as acompanham. Encaminhe o debate para as diferenças entre as funções das imagens em cada objeto e questione os alunos sobre o que pensam sobre cada uma delas. Por que uma imagem está associada a determinado texto? Qual a função da ilustração em cada suporte? Ela apenas representa o texto ou agrega informações? A técnica empregada é pertinente ao suporte e ao texto?

Avaliação
Observe se as falas dos estudantes sobre as imagens expressam os diferentes propósitos da ilustração. É importante que eles abordem a função dela e as informações que apresenta, relacionando-as com o texto.